domingo, 8 de abril de 2012

Odeio viver a vida dos outros, mas me vejo sem escolhas.



Minha vida está virando um tormento, e não sei se a culpa é minha. Desde que minha mãe casou com o seu atual marido, que não vivo a minha vida. Quando ela ficou com ele eu tinha 18 anos estava começando a pensar em liberdade, mas até hoje não a consegui.
Sempre vivi a minha vida a sombra da vida da minha mãe, tudo bem quando somos adolescentes, crianças isso é normal. Mas depois de adulto, é demais. Confesso a vocês que demorei muito para me conscientizar disto. Mas agora não sei se é tarde.
Para entenderem o contexto, o marido dela é um irresponsável, alcoólatra, que tudo o que toca apodrece, ele destruiu a vida de minha mãe e de bônus me leva para o buraco junto a ela.
Ele sai de casa para trabalhar e simplesmente desaparece, e ela que teve um AVC (teve o AVC após ter uma briga com ele por causa de bebida), fica tensa aguardando por sua volta, a minha irmã de cinco anos chora por que ele está demorando e nisso fico eu preso em casa, pois não posso deixá-la sozinha, por ela depender de ajuda para tudo, devido às seqüelas do AVC.
O meu irmão que me ajudava nestas horas, foi expulso da casa da minha mãe pelo marido dela, por ir contra as atitudes do crápula. O meu irmão mais novo tem medo de ficar na nossa casa e nisso sobrei apenas eu.
Eu decidi sair de casa e viver com meu namorado, até por já estar velho e por achar que nossa relação precisa evoluir e também para viver minha vida “apenas”.
Mas como dar este passo e não pensar no que vai acontecer a minha mãe? Eu sei que a escolha por este marido foi dela, e inclusive sempre fui contra, mas era tido com ciúme. Mas não consigo deixar ela com ele, sempre tenho a sensação que ele é capaz de deixá-la só, com fome, sem seus remédios, desamparada, e aos poucos mata-la.



Ela tem chorado bastante, porque eu decidi sair da casa dela. Mas aqui na casa dela eu não como, não posso fazer nada, ou seja, não tenho o meu lugar. Vivo de lanchinho pela rua. Meu organismo não agüenta mais. E ainda tem o risco de está situação afetar minha relação, que graças a Deus anda bem. Mas não sei até quando...Ninguém tem sangue de barata e meu boy já foi afetado demais.
Preciso encontrar uma solução definitiva para isso, pois eu não agüento mais tanta pressão, tem dias em que só penso em dar fim a minha vida, mas lembro do meu boy que não merece sofrer e ela que se me perder pode ficar ainda pior.
Que dilema infernal...


10 comentários:

Puxa kra, quantos problemas e quantos desafios, nem sei o que dizer.
Sinceramente ele deveria já ter saído de casa, mas as vezes isso faria sua mãe sofrer, afinal ela deve gostar dele, e nem sempre temos culpa pelos sentimentos que temos...

Quanto ao seu namorado, ele deveria entender, compreender a sua situação, afinal família é família e tu não tem culpa dos acontecimentos atuais.
Nessas horas que tu precisa de apoio.
Forte abraço, estou torcendo por ti garotão!

Uma situação difícil mesmo e mais difícil ainda é opinar em um contexto destes ... Mas uma coisa é certa amigo: Cada um de nós faz as suas escolhas na vida e uma vez feitas somos responsáveis por elas ... Assumi minha família por conta de outras circunstâncias aos 24 anos ... foi escolha minha e pago o preço disto até hoje ... se pudesse voltar no tempo não o faria de novo ... pelo menos da forma q fiz ... acho q podemos ajudar sim mas sem nos anularmos e termos as nossa vidas independentes ... pense nisto ...

bjão e boa sorte ...

Saudações Caro Juan Heféstion.

Você está aqui para mudar o que está ao seu redor, E não para que o que está ao seu redor mude você... RDPP

Você provavelmente é o tesouro que sua mãe ainda consegue enxergar na própria vida.

Imagine ela sem você? Não a abandone Juan.
Lá na frente você terá tanta alegria e felicidade que se quer lembrará de que sofreu desta forma.


Antes de mais nada peço-lhe para que conte até dez, antes de tomar qualquer atitude derivada do sentimento de tristeza.

Experiência própria!

Sente-se e converse comigo.
Entendo você completamente Juan.
É possível perceber seu sofrimento, mesmo quando por uma breve leitura em algumas palavras.

Juan Heféstion, é chegada a hora de admirar os frutos das suas atitudes bem tomadas. É chegado o tempo de compreender o seu valor e sua importância, a despeito de algumas pessoas não terem olhos para isso. À medida que você toma consciência de sua singularidade e do quanto você é especial, os outros não têm escolha, a não ser lhe respeitar e admirar – e até mesmo invejar. Mas não tema a inveja, caso ela surja. As únicas pessoas não-invejáveis são as medíocres e isso é uma coisa que você não quererá ser.

Tome consciência do seu valor pessoal!

Eu.
Quando fiz oito anos de idade minha mãe se casou-se.
Minha vida foi de fantasia para pesadelo.
Era horrível.
Lutei por nove anos dentro daquele casamento ao lado dela.
Na época descobria minha homosexualidade muito enrustida por sinal.
Quando saí de casa voltei a morar com minha avó, "questões escolares".
Percebi que tinha um pouco mais de liberdade, mas isto era ilusão.
Anos mais tarde vivendo incubado, e ainda com o traumas de violência na infância, eu precisava me abrir ao mundo.

Após a descoberta de minhas reais orientações sexuais, me senti de mãos atadas diante do mundo inteiro.

Não consegui me expor, resultado: parti para a primeira vontade de se suicidar-se.
Era algo que eu sabia que estava errado, porque este sentimento me trazia mais culpa e sofrimento.
Pensar que minha mãe ficaria definitivamente sem mim e ainda com mais uma pedra em suas costas, iria faze-la sofrer mais... mais ... mais.

Meu amor por ela venceu meu desejo de encerrar-se, por mais duas vezes.
Hoje aos meus 23 anos, embora não tenha exposto abertamente meu sentimentos a minha família.
Acredito que posso tornar todos os meus sonhos em realidade.
E nunca estarei velho para recomeça-los.

Você não está velho.
Anjo, não se pode envelhecer por dentro.
A diferença é, quem decide isto é você.

O amor faz degustarmos o doce e o amargo ao mesmo tempo.
Assim como não podemos provar só o doce ou o amargo, não podemos separa-lo e não senti-lo. RDPP

Seja leal a si mesmo, você não mereçe sofrer pelos modos dos outros.

Ame, faça de você alguém especial, se sinta especial.
Os espinhos podem causar medo, mas só se você deixar de apreciar a rosa para olhar para eles... LIB

Juan, seja o que você sabe sentir de melhor, e quando você menos esperar verá sua prosperidade e alegria chegar de maneira da qual nem esperava em sua jornada.

Você é importante, mesmo quando o mundo inteiro parece nem ao menos se importar em você existir.

Qualquer fato, evento, assunto, não hesite em perguntar ou comunicar.
Estarei aqui para um drink com os amigos, neste "barzinho " gigante...

A internet.

Um abraço forte a você!

Parceiro de blog.
LIB.

amigo, sai de casa aos poucos. Dorme dois dias la, um cá, vai mostrando que vc estará presente, até pro teu padastro não achar que vai ta com tudo. Fala com sua irmãzinha pra qualquer problema lhe ligar, cria essa relação com ela que vai ser muito importante pra vcs três. Mas nao deixe de viver sua vida e seu sonho, mas não abandone sua responsabilidade, pq se, Deus o livre, acontecer alguma coisa vc vai se cobrar.
bjos

Poxa, é sempre bom contar com seus comentários...

Bratz te tenho como um exemplo em vários aspectos e percebo que tenho mais um para te ter como modelo...

Abraços!!!!

Caro amigo, obrigado pelo mega comentário, seu texto me fez enxergar alguém especial que mora aqui dentro e que as vezes acabo deixando de lado.

Um abraço!!!

Te aguardo para um "drink".

É isso que quero fazer, sair aos poucos, até por que vou morar perto.

Um abraço!!!

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