Me acho meio malvado, não tenho paciência para pessoas com historinha triste (quando já sei que é golpe), não dou esmola, tenho horror a caixinha de natal. Mas dois episódios distintos me colocaram a pensar sobre isso. Sou bom ou ruim? Acho que pessoas boazinhas só se f#d3m...
Episódio 1 - O Sírio
Estávamos eu, meu namorido e um amigo dele na feira da providência. Compramos uma raspadinha e sentamos em um banquinho para come-la (não sei se o correto é comer, chupar, lamber ou sei lá) quando um senhor que meu namorido e seu amigo apelidaram de sírio pegou um celular apontou para mim e perguntou você mexe com estas coisas e eu ingenuamente disse que sim. Foi neste instante que ele falou então senta aqui e me ajuda a copiar uma foto da memória do aparelho para o cartão de memória, e eu fui mexi, criei pasta e no fim descobri que o cartão dele estava cheio, e disse a ele. Ele então levantou-se olhou para mim e disse então vem comigo e eu fui todo paciente e ele me explicou que queria q bendita foto para poder estampa-la em uma camiseta e nisso eu devo ter perdido uns vinte minutos com o Sírio. Depois disso meu namorido me zoou muito.
Episódio 2 - A velha do táxi.
Hoje aqui no Rio de Janeiro caiu um temporal horrível que prendeu o meu namorido e eu em uma estação do metrô, ao conseguir sair abrimos nossos guarda-chuvas e uma senhora virou-se para mim e disse: - Moço você pode me deixar ali na esquina, e eu olhei eram apenas uns 2 metros e disse que sim. Quando chegou na esquina ela me pediu para leva-la até o ponto de táxi, que ficava a uns 3 metros e lá fui eu. E nisso meu namorido sem entender nada parou do meu lado e falou vamos e eu fui acompanhando a senhora até o taxi, mas devido a chuva todos estavam cheios e não paravam foi quando ela me perguntou meu nome e eu disse e ela disse:
- Então Juan vou atravessar para a outra pista você me deixa lá. Foi neste momento que eu voltei a mim e disse:
-Epa, eu tô atrasado senhora.
E ela:
- Mas você esta fazendo uma boa ação ajudando uma velha na chuva, e tem mais vamos comigo eu te dou uma carona.
Depois disso me perguntei se ela não queria algo a mais...E meu namorido a chamou de a mulher do Sírio.
Não quero ser bonzinho, mas as vezes caio nestas ciladas. Estas são apenas duas que lembro com riquesa de detalhes, tiveram muito mais...
Um abraço e até a próxima...
2 comentários:
Juan, ajudar o próximo é algo que gratifica dos dois lados. Quem é ajudado e quem fornece a ajuda.
Nos sentimos útil a alguém. O problema é quando quem pede ajuda começa a abusar da nossa boa vontade. E infelizmente esses dois abusaram da sua generosidade. Mas não se preocupa, vez por outra eu caio nessas tbm. A questão é saber como sair dessas da próxima vez.
Abração!!
Olá novamente Juan, Andei fuçando por aqui, e achei esta história da velhinha do taxi muito interessante. Você menciona cilada o que na verdade chamo de liberdade arbitrária. Sua conduta foi divinamente admirável pela justiça e harmonia natural, o que difere e caracteriza um original ser humano.
As pessoas estão a todo instante tentando nos dizer e fazer o que devemos sentir e ser.
Neste caso quem estava tentando manipular seu arbítrio era o seu namorado e nas duas histórias.
A sociedade já se acostumou tanto com isto, que nem percebe.
O que é muito provável que você possa tentar inconcientemente isto também.
Não quero forçar mas:
Imagine que esta velhinha era um anjo, salvando um casal de um acidente que aconteceria segundos depois?
Impedindo-os assim após pararem para ajuda-la?
Sempre devemos contar com a hipótese, de que uma ação tem infinitas possibilidades posteriores.
Olha eu não estou julgando, ou estabelecendo pré-conceitos sobre a conduta de ninguém.
Estou apenas fazendo uma observação, afim de iluminar o meu ponto de vista, para que alguém se identifique com ele.
Você já ouviu, viu, ou irá ouvir e ver que, hoje o normal é não ser natural.
Quer experimentar? Faça o seguinte:
Em um parque movimentado, abraçe uma árvore por 1 minuto e atente as reações pessoais em sua volta.
Depois é só refletir e comentar.
Abraços!
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