Como já disse aqui uma vez, eu já fui paralitico, por pouco tempo mais fui. E tenho pensado muito no termo acessibilidade. Dia desses fui ao cinema com o meu namorado, um cinema confortável, na zona sul do Rio. Até ele dizer que ia ao banheiro, foi ai que vi um absurdo, pra chegar ao banheiro era necessário subir alguns degraus de escada. Como assim, e se eu estivesse em uma cadeira de rodas, como chegaria lá. Será que ninguém pensou nisso.
Deparo-me constantemente com os ônibus, que dizem que se adaptaram, e dia desses vi um motorista fingir que não viu um cadeirante, mas a frente ele disse que era a última viagem para um colega de trabalho, ou seja, tava com pressa e como sabia que iria demorar um pouco não parou.
Se for ficar relatando tudo o que vejo, é a falta de um interprete em LIBRAS para lidar com um surdo; a falta de piso tátil para o cego em rodoviárias e lojas; a falta de rampas de acesso ou a má conservação das que existem. Poxa todos temos direito ao acesso, porque os outros não percebem isso.
E as empresas que são obrigadas a ter PNE em seu quadro de funcionários e simplesmente fingem que isso não é obrigatório e quando fazem enxergam como um favor. Se alguém ler este texto, por favor, divulguem, vamos fazer uma corrente pela justiça. Tem vários dias que quero escrever sobre este tema. Enfim consegui.
LEMBRE-SE UM DIA VOCÊ PODE PRECISAR.
Faça alguns experimentos, ande como os olhos tapados por um dia, fique em uma cadeira por um dia ou tape seus ouvidos por um dia. Você não vai saber o que é viver assim uma vida inteira.
Quero indicar três filmes que assisti, que falam desses assuntos, dois deles são bem próximos a realidade e as dificuldades ser uma “pessoa com necessidade especial”.
Filhos do Silêncio
(Children of a Lesser God, 1986)
Diretor: Randa Haines
Ensaio sobre a Cegueira
(Blindness)
Diretor Fernando Meirelles
O Jardim Secreto
(The Secret Garden)
Direção: Agnieszka Holland
4 comentários:
http://evidentespensamentos.blogspot.com/
Depois vê...
Caraca! Como assim já foi paralítico por um tempo?
Orra, complicado...
Realmente a gente nunca sabe o dia de amanhã, visto que ando pra todo lugar de moto, e ouço e leio constantemente cada matéria de acidentes em que o motoqueiro quando não morre fica com grandes sequelas, uma delas é a perca de movimento...
Isso me assusto, porém deixo nas mãos de Deus, afinal nao há como fugir do destino...
Ótimo post, para assim as pessoas refletirem e entender que não é fácil se deparar as dificuldades dos deficientes.
Isso porque muitos têm tudo e ainda se julgam infelizes...
Forte abraço!
cara, infelizmente é algo com que o brasil ainda precisa aprender a lidar. poucos são os lugares preparados e que incluem acessos a cadeirantes.
obrigado pela visita ao blog! volte sempre!
@ Ro Fers e @ railer, minha proposta com este post é realmente fazer com que quem leia pense um pouco a este respeito, estamos cercados de pessoas que precisam de coisas que para alguns é bobeira como uma rampa e não vemos.
Um forte abraço e obrigado pelo comentário.
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